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sexta-feira, 25 de abril de 2008

Educador de Infância...

"A profissão de educador implica agir no trapézio da imprevisibilidade das circunstâncias complexas de interacção interpessoal e multicultural.”
Isabel Alarcao (1995)

A prática de um educador não se prende com trabalho, com objectos, nem com simples actividades em sala de aula, mas sim com os seres humanos, assim é necessário que este esteja em permanente actualização e consciente de que deve procurar melhorar as suas estratégias, de modo a facilitar o desenvolvimento das crianças, logo o educador deve “criar condições para o sucesso da aprendizagem de todas as crianças”, estimulando o “desenvolvimento global da criança, no respeito pelas suas características individuais, desenvolvimento que implica favorecer aprendizagens significativas e diferenciadas.” Orientações curriculares. (pag.18)
Ser educador é ser capaz de improvisar, não caindo assim na rotina “guiada pelo impulso, tradição e autoridade” John Dewey (1933). É conhecermo-nos a nós próprios e à nossa profissão, de modo a dar resposta às necessidades das crianças, de forma pessoal, inteligente, critica e reflexiva, em função das situações que podemos deparar no dia-a-dia, para podermos ser cada vez melhores profissionais.
Neste sentido o educador ao pôr a sua actividade profissional em prática define finalidades, metas e também as consequências que daí advêm, para depois analisá-las.
Na minha opinião, um educador deve ter em conta o planeamento, a acção e a avaliação/reflexão da sua prática profissional para que esta tenha sentido e atinja o desenvolvimento pretendido, por conseguinte é fundamental a observação esta “constitui, deste modo, a base do planeamento e da avaliação, servindo de suporte à intencionalidade do processo educativo”. Orientações curriculares (pag. 25)
Nas Orientações Curriculares, que é a “ferramenta” de orientação do educador, destacam-se estas ideias chave para a prática de qualquer bom profissional de educação, “Observar, planear, agir, avaliar, comunicar e articular”. Qualquer educador antes de mais deve ter em conta estas ideias, neste âmbito Van der Maren (1999) salienta que uma investigação pedagógica ajuda o educadora “agir e a interpretar o seu agir profissional (...) para que se apropriem de instrumentos e meios que lhes permitam (...) encontrar soluções eventuais a uma prática educativa”, por conseguinte um bom profissional deve passar por todas estas fases/ideias e analisa-las de forma critica e reflexiva, para John Dewey (1933) esta reflexão “implica mais do que a busca de soluções lógicas, implica intuição, emoção e paixão, não é apenas um conjunto de técnicas”, uma vez que o profissional reflexivo questiona-se constantemente “ Gosto dos resultados da minha intervenção? (...) atingi os meus objectivos?” John Dewey (1933). Este mesmo autor defende três atitudes fundamentais para a acção reflexiva a “Abertura de espirito”, uma vez que qualquer profissional de educação desde educadores a professores, podem se deparar com situações inesperadas e ou até delicadas e ao mesmo tempo têm de ser capazes de se abrir e de não considerarem que a sua ideia é a mais certa e adequada e assim, “aceitar que é possível melhorar e se está preparado para ser critico consigo mesmo,(...) estar disposto a aprender” Marília (2000); “Responsabilidades”, isto porque o currículo deve ser construído “em partilha com as crianças com a equipa técnica, as famílias e o poder local” Marília (2000) e ao mesmo tempo “ ser todo coração”, uma vez que além da responsabilidade e segurança o educador deve privilegiar a conexão entre o cognitivo e o afectivo entre o individual e o colectivo.
Em suma, “ a educação pré-escolar é a primeira etapa da educação básica ao longo da vida” Orientações (pag.17) durante todo este processo devem se criar condições para satisfazer as necessidades das crianças e ao mesmo tempo se criar conjunturas para que os meninos continuem a aprender, contribuindo assim para a igualdade de oportunidade no acesso às escolas e ao sucesso das aprendizagens. É neste sentido que o educador investigativo tem que ao mesmo tempo ser criativo, critico, reflexivo e inovador, visto ter que inovar e actualizar constantemente a sua prática profissional, ao mesmo tempo que observa, comunica e analisa todo o ambiente educativo, social etc, de modo a serem cada vez melhores profissionais da educação e a colmatar todas as necessidades dos mais pequenos durante os seus processos educativos.
Para mim o que está qui escrito não são só babelas, muita desta teoria é real e aplicavel...




Monica Gomes Louzeiro


(Retirado do meu trab final de TDC)

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