Os profissionais de educação pré-escolar têm vindo a realizar actividades pedagógicas em instituições com crianças com idades compreendidas entre os 3 e os 5 anos, no entanto o perfil salientado, neste trabalho, abrange todos os profissionais de educação de infância que desempenham ou possuam formação para trabalhar, neste e noutros níveis etários como creche (0 a 3anos) por exemplo.
Na educação pré-escolar, é o educador de infância que realiza o desenvolvimento do currículo, através da; observação, que permite o conhecimento das crianças, do planeamento, da organização e avaliação do ambiente educativo, conjuntamente com a realização de actividades curriculares, que têm como objectivo a aprendizagem cooperativa e global das crianças.
No contexto do ambiente educativo, deve ser “ um ambiente facilitador do desenvolvimento e da aprendizagem das crianças.” Orientações (pag. 31), logo, o educador organiza o tempo (não através de horas, mas através de momentos, momento da chegada, momento do lanche, etc. É muito importante instalar uma certa rotina na gestão do tempo, mas isto não justifica que se crie uma rotina a nível das actividades), o espaço (que são os chamados cantinhos ou atelieres, lugares onde são abordadas as áreas de conteúdo), materiais diversos (isto porque a sala está organizada com materiais diversos segundos as áreas de conteúdo), tecnologias da informação e comunicação e segurança das crianças de modo a proporcionar aprendizagens e experiências educativas estimulantes e diversificadas e o bem-estar da crianças.
No âmbito da observação, planificação e da avaliação, o educador deve observar o pequeno e grande grupo, as competências, intervenção de cada criança e as propostas temáticas e situações imprevisíveis, para puder avaliar, numa perspectiva formativa a intervenção, o ambiente e processo educativo de modo a planificar as diversas actividades de forma a promover o desenvolvimento da criança em todas as áreas de conteúdo. Tendo de igual modo como objectivo “incentivar a participação das famílias no processo educativo e estabelecer relações de efectiva colaboração com a comunidade” Orientações Curriculares (pag. 22).
No que se refere à relação e acção educativa, é importante para a criança que o educador promova segurança afectiva, a autonomia, o envolvimento em actividades e projectos, fomente e apoie a cooperação e o desenvolvimento afectivo, emocional e social das crianças e do grupo, que envolva as famílias e a comunidade nos projectos, que estimule a curiosidade da criança pelo que a rodeia e a capacidade de realização de tarefas que proporcionaram aprendizagens e o consequente desenvolvimento pessoal, social e cívico numa perspectiva de educação para a cidadania.
Cabe ao educador de infância mobilizar o conhecimento e as competências essenciais ao desenvolvimento dum currículo integrado, no âmbito de algumas áreas de conteúdo.
No que se refere á área de expressão e comunicação “O domino das diferentes formas de expressão implicam diversificar as situações e experiências de aprendizagem, de modo a que a criança vá dominando o corpo e contactando com diferentes materiais que poderá explorar, manipular de forma consciente de si próprio na relação com os objectos” Orientações curriculares (pag. 57), dai que o educador deva promover várias aprendizagens curriculares no campo da expressão, deva fomentar a estimulação comunicativa para a interacção e desenvolvimento da linguagem em particular para os grupos sociais desfavorecidos. O educador deve ainda explorar a leitura e a escrita e inserir as crianças na socialização, através da prática de jogos para a aquisição de regras e da manipulação de objectos através do desenvolvimento da motricidade.
No âmbito do conhecimento do mundo, “ os seres humanos desenvolvem-se e aprendem em interacção com o mundo que os rodeia” Orientações (pag. 79) dai que o educador deva promover, incentivar a exploração, a observação e descrição de relações entre objectos, atributos dos materiais, pessoas e acontecimentos, despertando assim o interesse sobre a capacidade de organização temporal, espacial e lógica da observação de factos e acontecimentos. Despertando também o interesse pelas tradições da comunidade/sociedade, organizando actividades adequadas para o efeito, e favorecendo o confronto de interpretação e a intervenção da criança no seu contexto.
Em suma, os perfis específicos de desempenho profissional dizem respeito à qualificação específica de cada docência, ou seja, este decreto-lei insere-se ou remete-se especificamente para cada actividade de docência, definindo assim objectivos, finalidades específicas dos diferentes desempenhos profissionais.
Partilho com as colegas Educadoras mais uma pagina do meu trabalho de TDC (teoria do desenvolvimento curricular), claro que ao partilhar estas páginas do trabalho, partilho igualmente a minha opinião, e algumas das minhas apredizagens enquanto estudante da licenciatura em educação de infância (onde já vai esse tempo).
Neste momento já possuo 2 anos de trabalho com crianças em salas de creche e acho, acho não tenho a certesa que não são só elas que fazem aprendizagens, mas eu propria e todos os que os rodeiam, a cada dia que passa aprendo uma coisa nova...
Beijocas a todas...
Mónica Gomes Louzeiro
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